quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
era uma vez um homem que se apaixonou
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
trecho de uma conversa
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
canto
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
papel encontrado no chão de uma rua imaginária
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Sonho Lúcido
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Onironauta - 1
Sonho do dia 22 de novembro de 2010.
Na estrada SP-RJ. No ônibus.
O sonho era um filme.
Tinha voz off narrando.
Como se fosse um diretor, um narrador.
As partes iniciais eu lembro pouco.
Sinto como se 2 cenas tivessem sido desenvolvidas, algo como um barco a vapor, mas logo depois o narrador (eu) disse que não era esse o filme.
Estou num trem ou ônibus. Uma mistura dos dois.
Como se fosse um ônibus bem longo. Pessoas dentro.
Um cara com terno está olhando aquele quadrado de ventilação, parece que tem uma mulher de vestido lá. Ela parece que recita um texto teatral.
Pergunto para um dos comissários de bordo: o que é aquilo?
Ele responde que depois eu vou entender, que eles estão ensaiando.
Sinto como se eles fossem de uma cia de teatro que faz teatro em lugares públicos.
(pensando bem, isso tem a ver com o Peter Brook que eu tava foleando)
Um dos comissários era o Romério, meu antigo inspetor da escola.
Ele estava distribuindo cobertores e explicando que era pelo EFEITO .... não lembro o nome do efeito, mas era semelhante ao filme A ORIGEM.
Um pequeno fone de ouvido, localizado no apoio do assento, quando colocado, você começava a ouvir o sonho e entrava nele. Comecei a entender o porque do cobertor. Vi exemplos de outras pessoas, sentindo frio, e como num filme, entrei na subjetividade delas e vi que no sonho estava nevando.
Acho que coloquei o fone.
Uma rua, semelhante a da capa do disco Wish You Were Here do Pink Floyd, uma pessoa vestida com o corpo de um pássaro (mas a carne do pássaro estava assada, estava como se fosse para comer e os olhos piscavam, os olhos tinham vivacidade) e no chão ele ia interagindo com uma outra pessoa vestida de pássaro.
O mais impressionante é que tocava uma musica, com letra em português e violão dedilhado:
“tua pele.......
tua .....
manoel de barros...” a letra eu não lembro, mas era bem elaborado...
o pássaro então bica a cabeça do outro pássaro no chão e arranca-a desvendando uma cabeça (que era a do meu personagem no sonho) mas a cabeça estava virada ao contrario e sorria...
percebi que estava num sonho, a musica continuava em fade, vi de olhos fechados o ônibus que estava, com a mesma textura granulada do sonho/filme e abri os olhos, com a musica rolando ainda e sumindo em fade!!!!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
escribir
no tengo nada
Tantos tontos
sábado, 6 de novembro de 2010
sueño lúcido
se extendem dentro de mim
em espirais
e palavras se convertem
ao zen-budismo
sem emitir som
sal
só sim
caminhando dentro desse abismo
me viro o avesso
e vejo o mundo transvisto
faz parte de um sonho
lúcido
e nele te convido
para sonhar compartilhado
o sonho dos deuses
que somos
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
La Danza de la Realidad
através dos 4 operadores matemáticos básicos:
somar, subtrair, multiplicar, dividir.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Pacìfico: primeiras impressiones
no Oceano Pacífico
pela primeira vez
sempre pela primeira vez
poderei supor que ele só existe
quando eu o piso
o que significa que
o Pacífico só existe
se eu existir
(o fato é que eu ñao existo
ai fica difícil o raciocínio).
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
espanto
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
como?
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
filme "poesia"
terça-feira, 5 de outubro de 2010
aberta
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
na estrada

segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Processo Criativo - reflexões sobre fazer poesia (ou ser desfeito por elas) - parte 3
domingo, 26 de setembro de 2010
Processo Criativo - reflexões sobre fazer poesia (ou ser desfeito por elas) - parte 2
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Processo criativo - reflexões sobre fazer poesia (ou ser desfeito por elas)
dorme
a voz da billie holiday
tchau
terça-feira, 21 de setembro de 2010
"Vento Lírico" - crítica do livro da poeta Mari Coli
À julgar pela capa do livro, o leitor já tem a ambiência poética necessária para desenvolver sua sensibilidade nessa aventura pelo rio de palavras de Mari Coli: uma menina, em preto-e-branco, carrega uma garrafa d`água de vidro, deixando o conteúdo cair, enquanto corre para dentro de uma casa em ruínas.
Poeta de sensibilidade ímpar, com um olhar fotográfico para as coisas, Coli começa o livro pelo título, destacando a importância da natureza. uma atitude notadamente romântica. em que os sentimentos ganham repercussão nos fenômenos naturais e vice-versa, algo que veremos em quase todos os poemas do livro.
Vento que às vezes nos lembra de frases...
A importância da poética mineira-universal do Clube da Esquina se faz presente, como uma suave neblina sobre esse rio palavral. Aliás, não seria de todo mal rebatizar o livro com esse outro elemento: a água:
despertar pro cio
nem mais ócio nem receio
meu seio agora se ocupa de delírios
tão rápido o desejo enrijece
outro desejo irriga"
A sensação que fica é da ligação inquebrantável dos átomos de água, ao ler suas palavras, percebemos que a coesão entre elas é impossível de ser quebrada, cada palavra está no seu lugar e dá as mãos, numa corrente fluida, à sua anterior e sua próxima, formando um rio, por onde o leitor é jogado e navega.
"não importa quem eu escolha
sou sempre a última a chegar
é porque venho de longe
e tem sempre água no caminho
meu lugar é além
meu ofício é temporário
meu tempo está suspenso
sim, tenho ao meu alcance
nuvens, cores, ventos
tenho passado e tenho futuro
É nessa metáfora, tornada concreta pela própria natureza de suspensão com ondas de tensão que a poesia de Mari Coli provoca no leitor, que nos aproximamos melhor da obra ainda pouco reconhecida no cenário literário, mas de grande valor poético.
Outro prisma é justamente a fotografia.
Depois de 2 anos em viagens pela América Latina, fotografando com sua máquina Laica, Coli enfrentou uma daquelas situações epifânicas que transformam a vida de maneira brusca: numa sessão de fotos com descendentes de nativos incas no Peru, teve seus filmes roubados por narcotraficantes. Numa típica trama mirabolante policial, os traficantes confundiram os rolos dos filmes com um outro carregamento de cocaína, também colocado em rolos de filmes para despistar as autoridades. Enfim, o que se sucedeu foi um insight crucial para a poeta.
- Como seria fotografar sem filme?
Começou a elaborar seus poemas enquadrando sentimentos como quem se posiciona diante do real para tirar uma foto sem filme. O que é revelado é exatamente nada. Ou seja, poema.
Em "Vento Lírico" temos a criação de um gênero literário híbrido, uma espécie de foto-poema.
Interessante notar a relação contraditória entre os dois fundamentos da poesia de Coli: ao mesmo tempo líquida e fotográfica.
A fotografia, como diz Benjamin, é uma ilusão de movimento através do princípio da persistência retiniana, ou seja, acreditamos estar vendo um movimento contínuo, mas o que temos são fragmentos congelados de imagens, sendo projetados tão rapidamente que percebemos como um movimento fluido.
A poesia do livro surpreende e surpreenderá ainda mais, pois assim como fotografar um rio, a cada segundo estaríamos fotografando outro rio, como tão belamente recomendou o filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso: não se pode entrar no mesmo rio duas vezes. (quanto mais fotografá-lo, como faz Mari Coli)
O que fica, ao percorrermos esse rio, é a imagem do tempo passando pelos lados, e a certeza de encontrar, num horizonte próximo, mas distante, como todo horizonte o é, o grande oceano de todas as poesias.
"Lembrança Impossível
“And I wondered if a memory is something you have or something you've lost”
O cheiro da casa
E das cortinas
É lembrança que eu conheço
Mas que só se rememora
Se o cheiro é novamente sentido
A casa foi demolida
As cortinas, talvez, dadas
E ornam a sala de outra casa
Quando sonho
Com sorte
Posso entrar novamente na casa
E me enrolar nas cortinas
Fazer delas um casulo
E me sufocar contra o tecido
Mas sentir o cheiro delas novamente
Isso é impossível"
domingo, 19 de setembro de 2010
Pão Nosso da Poesia
sábado, 18 de setembro de 2010
aejertxfhjcxrtyxty
você não sente cosca?
seu processo criativo é muito morgado, taiyo.
acho legal anotar frases assim desconexas, sabe?
essa poesia foi feita agora
essa frase foi feita agora
mas eu fui feito amanhã
meu presente embrulhado com fitas elásticas da imaginação
vaginação
imagem
é depiladinha tua vergonha
que chega a ser orgulho
compre fita crepe
what the fuck?
(risos)
calcinha rendada púrpura
rosa púrpura
cair
o
rosa púrpura do cair
o
(por que todas as análises de filmes têm que ser homoeróticas?)
o
----------
o
(escreva na linha pontilhada a sua tara)
pro meu mundo ficar odara eu só preciso de:
- chocolate alpino
- barato de transa
- manoel de barros
- kubrick
- sorriso cativante
- meia calça rasgada
- e5656u56udrthghjc