domingo, 25 de outubro de 2009

quando eu perceber
a alegria existente em cada mínimo objeto e em cada mínima criatura
quando eu perceber que a alegria é minha e Tua
quando eu perceber
que o Eu não existe
a alegria que persiste e me persegue, me fecundará do presente
quando eu perceber
a música do silêncio
a musa de-quando-fecho-os-olhos
a poesia dos corpos em movimento
a vida nascendo nas nuvens
os sonhos trazidos pela chuva
a história dos meus ancestrais
a minha história ancestral
o meu futuro ancestral
o nosso futuro ancestral
quando eu perceber
que perceber é mais Ser do que ter
quando eu dar sem procurar receber
quando eu perder o medo
da morte
do desafio
de revelar a minha ignorância
quando eu perceber
que somos Um

será poesia

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