sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

talvez seja a noite que impregna nas coisas um gosto de ilusão
talvez seja a noite que impregna nas ilusões um gosto de coisa

mas não, foi essa tua dança, tua virada de quadril
mas não, foi esse teu quadril, tua virada de dança

se fecharmos os olhos conseguiremos enxergar o futuro
ou será que se fecharmos o futuro conseguiremos olhar o fecho
o fecheclér
o feixe eletromagnético de todas as tvs
o peixe elétrico

talvez seja a ilusão que impregna na noite um teor de gosto
um gosto do cheiro
um paladar do toque

sua dança anônima
- não existe e ainda sim está

uma nova descoberta precisa de um grito
terra-a-vista ou coisa assim
mas preferimos manter assim
prefe-rimos
de
rimas

sim, é a noite
é você
é essa bebida
é esse olhar
é essa noite

2 comentários:

  1. e no fim, acabamos enxergando tudo!
    beijos

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  2. poesia é assim, cada um enxerga algo diferente, ao seu modo. o inexato, o mutante.
    na parte da dança, eu enxerguei fabio.

    abs luis

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