noite solar no quintal da sua casa
tem torresmo e quiabo
deus e o diabo
eu preciso esvaziar minha mente
até falar a verdade
até sobrar
tudo
tudo que eu vejo me move
tudo que é silêncio
eu ouço
esvaziar o coração até sobrar mangue
a cada hora que passa
uma hora passa
e eu só sei o que são as horas
quando desmonto um relógio
e vejo que quebrou
mas não vejo o porquê
meu sonho se perdeu pelos mitos
e quero ele de volta para poder voar
pegadas de curupira na calçada principal
perfume de colchão
teu mystério me chama
no silêncio que de dele emana
um bebê a cada beijo
um gole da bebida: desejo
quero partir para o oriente
e sentir o que se sente
quando se sente
o nada
noites quentes
os grilos já masturbam o orvalho
os homens se recolhem no recanto de seus lares
as moças se aprontam para sair e conhecer
homens
os cachorros uivam em busca dos donos
um mendingo chora por dentro
e um emo chora por fora
borrando a maquiagem preta
o mundo mudou
num é mais simples
mas eu queria ele simples
O Taiyo Omura é o único poeta do mundo que consegue falar de emos sem escrotizar a poesia.
ResponderExcluirpalmas, por favor.
Flávia: kkkkkkkkkkkk! Pior q é verdade.
ResponderExcluirTayo: Sabe o que eu achei mais legal? A vontade de se ver aquilo que é simples, ouvir o nada, sentir o zero de um cair noturno, parado, marasmo, perdido. Mas não é possível... não há mais essa paz hoje. Muito bom!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Manuel de Barros Futurístico!!!
ResponderExcluirLindamente compôs!!
acho que nunca foi.
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