sábado, 9 de junho de 2012

disritimia sincronizada

essas tiazonas meio gordas
balançando no sertanejo
num contraste meio poético
com meu objeto de desejo

louis e seu espumante barato
barato espumante na brisa
da chuva pingando na minha
camisa rosa colorindo o tato

voando num xote no baile
salão ecoando conversas
o chão as paredes não existem
o teto amplo amplia as pernas

nunca tinha ido a pendotiba
e você nunca bebeu tanto
parece um filme adolescente
todo cliche tem um encanto

lençol branco escondendo
mesa de madeira mais banal
dj avanzin mandando no seal
e a gente todo se querendo

beijos roubados de brinks
aventura dentro doida mexe
algumas com tudo nos trinks
outras pra lá de marrakesh

quebrando copos de vidro
cabelo ao vento gente beba reunida
num subúrbio a oriente do oriente
eu deixo ela me conduzir na saída

a mão por dentro do vestido
a boca na taça de cristal
a vida que borbulha sem vidro
ou é ela que é meu temporal?

esse poema tá meio engraçado
tipo pedir risole pro garçom
tocou até claudio zoli
eu não lembro que música não

ah, era aquela do trocando
de bikini sem parar
mas isso nem importa

ah, sei lá



Nenhum comentário:

Postar um comentário