sexta-feira, 3 de abril de 2009

Seara

eu só te peço tudo.
quantos corações cabem dentro de um fusca?
o teatro é liberdade.
minha máscara gutembergueia a poesia do meu rosto.
pode ter sido hoje que o muro de berlin caiu,
seriam mesmas as lesmas dentro do cimento e dos sorrisos.

envolto em palavras, retorcidas, penetradas
que envolvidas por mais palavras
comem-se numa festa triste
que um vazio termina.

carcomido, fagulha de mim
o ping-pong do coração bota efeito
onde eu não estou de calça
nas fotos de formatura
na época da ditadura milimétrica celular.

o poeta que não tem métrica
não tem auto-ridade moral para poesia

por isso sei que sou um merda
e só por isso
espalho-me pelos terrenos inférteis do mundo
mostrando vida que brota da pedra.

Um comentário:

  1. então somos meu caro "MERDAS"
    mas, no entanto, absolvidos e libertos.
    mastigamos a palavra com outro gosto
    e nos saciamos.

    belo espaço, bela poesia.

    daufen bach.

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