segunda-feira, 12 de julho de 2010

costura

azul azimute
polca pouca
bairro barro
vermelho ver melhor
joga yoga
trança trance
azul asas
balão ballroom
vento vem tu
azul ao sul
rouca rock
gorjeio de passos
passeio de pássaros
bem-vindo benigno
ao sul dos sentidos

(o rolling stones me ensinou a mexer com o hemisfério sul)

um canto encanto adão tapado mão
um canto da esquina
do quarto calado
linha de nylon
new york e london
linha do equador
cintura do mundo
prefiro a sua
nas minhas mãos impuras de tão calejadas de ruas

ruas rugas
fuga de putas
vermelho ver melhor de noite é pra quem tem saudade de dia
diazul diamarelo diabonito

diadorim

te adoro teatro
do absurdo absorvente
sorvete sou vedete
cadete do exército
exercício de rima
rinoceronte creonte
das tragédias gregas latinas
tina é a cachorra do dan tadinha tá velha já

já são meio-dias
como dividir um dia ao meio
se a terra não é redonda
nem tem alguém para comê-la
a terra não é uma pizza
com sobremesa
como dividir um dia ao meio
se nós fazemos parte dele?

seria dividir a si mesmo
num banquete sobre a mesa
eu prefiro coração
de poetas
que bundas
de burocratas
creta tebas
e outras cidades imaginárias

onde eu durmo acordado e sonho em pé
de cabra
de brasa
de pravda kino pravda
kino-glaz

agora é hora de comer

Um comentário:

  1. que merda de poema...
    acho que um daqueles poemas pra engendrar outros, um poema que não é poema ainda, é só páia pa fogo, só estopim.

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