bem ali no meio da calçada
esbarrei num homem apressado
que era eu
e como se dobrasse um poema
as palavras, trocadas, agora
indefiniam-me melhor do que nunca
que eu me fosse
e como se dobrasse uma música
as pausas, agora compassos e desritmia
repercutiam no vazio da minh`alma
como um silêncio gritado
que eu seria
e como se dobrasse horizontes
as gaivotas alteravam suas rotas
em zigzagues de pollock
brincando de arte com os raios de sol
sombras de nuvens metafóricas
que podem ser
e como se dobrasse minha coluna
esparramando os braços sobre a geografia feminina
dessa cidade
eu faço origami
de mim mesmo
e fica um pássaro
com asas de palavras.
não é flaviadoria, não.
ResponderExcluiré taiyo omura mesmo, no seu melhor, eu diria.
o fianl é perfeito. o poema termina no texto mas não na gente, sabe? cê sabe.
que maravilha flavinha!
ResponderExcluireu diria que tem uma singeleza flaviadoria.
aquela singeleza de punhal do sol facando um grilo no meio da tarde.
porra, que maravilha o poema terminar no texto e não em tu,
isso aconteceu comigo no último poema de ian capillé do atelien17
confira lá
Cara, dobrou a pau!
ResponderExcluirPo cara!! As palavras não tem nem asas, como é que elas vão ser as asas??
ResponderExcluirNum entendo esse negoço de poesia não!
huahuahuauh
ResponderExcluirque bom, álvaro!
no dia que você entender poesia
ela acaba!
acho que todo mundo se dobra nesse desentendimento do álvaro!
ResponderExcluirputz, taiyo, não esperava esse comentário aí de cima não! valeu, bro.
não canso de bradar ao 7 ventos:
ResponderExcluirIan Capillé, Álvaro Juvenal, Rafael Sperling, Flavia Doria, Mariana Coli, Rosana Seager, Romã Neptune, Vivi Carrozino, Aline Barcelos, essa galerinha de poesia é muitcho legauzinha!!!
curto vocês pra caralho!
êta geraçãozinha boa!
sou fã de todos!
foi um belo passeio de palavras dobradas.
ResponderExcluiria fazer um comentário sério, mas li a sua declaração de amor. HAHAH
ResponderExcluirai, taiyo, pr'ocê:
http://www.youtube.com/watch?v=yUhJu0xXbXY&feature=related
bisous