e vou colocando nada dentro delas
trabalho no ramo de inturismo: turismo para dentro.
e sempre não tenho de fazer relatos objetivos sobre essas viagens.
a desobrigação me prende ao fazer.
para dentro de mim não levo nem pasta de dente
nem cueca.
para esse tipo específico de viagem
alguns itens inimportantes:
- um biscoito foffy que eu não achei em uma vendinha fudida em niterói.
- uma bolinha de gude que pode ser considerada olho.
(ela é muito boa para não enxergar,
por ela,
pode-ser ver perfeitamente
nada)
- um espelho quebrado que eu engoli aos 7 anos.
- além de outras coisas que me faltam.
- e outras coisas importantes que eu não preciso.
as paisagens de dentro são inóspitas para viajantes acostumados
andarilhos dizem que é porque o desacostume se faz com palavras
como se faz redes de renda para sonhar.
De viagens assim é que se trás poemas.
ResponderExcluirSó não vai esquecê-los na mesa da alma.