no fundo do ônibus da escola
você me pediu pra namorar com você
eu perguntei:
- o que que eu preciso fazer?
você me falou:
- ah, a gente tem que andar de mão dada, e você me dar presente.
- então tá.
desde aquele dia
aquele dia de sol que cega a gente de tão sol
as meninas não eram mais meninas
eram coisas que queriam que a gente fizesse alguma coisa
pra ficar junto delas
um ano depois
dentro da cabine do banheiro da escola
uma outra me deu um beijo na boca
as amigas dela subiram nas privadas
das cabines ao lado
pra olhar
cinco segundos depois
a menina e as amigas tinham ido embora
e eu lá
acho que eu to parado
naquela cabine do banheiro
até hoje
tentando entender
as meninas
Ah, vai, meninas não são de tão difícil compreensão! Haha gostei do poema.
ResponderExcluirObrigado! Creio que a sustentação da poesia com a compreensão das estruturas valem a pena.
ResponderExcluirBelo blog, belas palavras, bela canção.
Abraços
Pedro Lago.
errata de digitação: vale a pena!
ResponderExcluir:-)
Caralho Taiyo!!
ResponderExcluirpode botar essa na parede das mais lindas poesias que vc já escreveu.
álvaro, vindo de você é sacanagem...
ResponderExcluirtu é meu poeta preferido!