Estava dormindo.
A luz acendendo me acordou.
Era ele.
Normalmente ele fazia de manhã.
Abaixou minha pálpebra
e começou.
A primeira foi de uma vez só.
Um mergulho até a minha garganta.
Depois demorou um pouco mais.
Saiu devagar.
Pensei na minha cidade,
naquele tempo em que eu ficava no meu lugar,
no meu canto.
Depois vieram e me tiraram de lá.
Me deram essa forma.
Às vezes não reconheço meu rosto.
Não fui eu que fiz o meu rosto.
Saiu devagar, mas saiu.
Ele se limpou.
Puxou o meu brinco.
O cheiro ainda ficou em mim.
Ele lavou as mãos.
E apagou a luz.
Não conseguia mais dormir.
Bonitos poemas, gostei muito. Volto aqui breve.
ResponderExcluirPosso indicar seu blog para um amigoque faz divulgação de poetas novos?
ResponderExcluirBelo blog!
ResponderExcluirObrigado, Adelaide e Clarissa.
ResponderExcluirPode indicar, é sempre bom contar com divulgação amiga.
obrigado
O entrando Numa Fria...pede carona e passa pra conhecer seu blog....fui indicado a passar aki por amigos...uma vez que é prazeiroso fazer novos parceiros e conhecer novos leitores e amigos....
ResponderExcluirparabens pelo conteudo...e voltarei..
adorei isso...
ResponderExcluir-- me lembrou caio f.
beijo
obrigado luisa!
ResponderExcluiruma boa surpresa seu comentário, pois
o Caio Fernando é um autor que eu conheço pouco, preciso ler algo dele.
o que me recomenda como primeira leitura?