terça-feira, 19 de maio de 2009

Improviso em Sevilha n:1

a arena eu vejo quando fecho os olhos
em Sevilha, o escuro é claro
os touros estão nas ruas
nas paredes e no creme

só vejo os meus passos
num passado que se perdeu
o Sol de Sevilha
seca o que nunca foi meu
o Som de Sevilha
berra um silêncio d'Orfeu

e eu firmo os pés na areia da arena:

revejo mil vezes a cena:

o pano vermelho é minha camisa
na brisa amena do dia em Sevilha

por que o dia
é Sevilha
assim como Sevilha
é o dia?

Um comentário: