segunda-feira, 31 de maio de 2010

ontem a minha vó estava vendo chaplin

no sofa da sala. passou no canal futura. acho que é o 32 da net.
minha vó gargalhava alto, enquanto o carlitos apertava os parafusos, ficava louco, entrava dentro das engrenagens.
"não se fazem mais ontens como antigamente..."

e de repente sou eu que estou numa engrenagem
na grande engrenagem do mundo

aquela imagem do filme
talvez sirva como um sonho do artista
fazer parte do mundo
pelas avessas
desengrenar o mundo
sair da fila dos movimentos mecanizados
com uma loucura
com um ideal
com uma bandeira
com fome

7 comentários:

  1. Não sei porque algo me lembra do clipe The Wall, do Pink Floyd. As crianças caindo no moedor de carne e saindo salsichas do outro lado... é isso mesmo?
    Murph diz que as coisas deixadas por si mesmas tendem ir de mal a pior. Muito semelhante à teoria de entropia.
    Eu digo que se deixarmos a humanidade em sua plena força, nos trasformamos em máquinas, assim como forçamos todos a um mínimo denominador comum social.
    Arte nas diversas formas, incluindo a poesia são uma forma de equilibrar esse confronto de forças brutais ora humanas ora naturais.
    Vixe, viajei, exagerei... mas vc me entende, né?

    Abraço!

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  2. Sua avó e eu também O vi no canal futura. Tão bom quanto antigamente, fabricando nossos hojes...
    abs.

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  3. Como você não filmou Vó Salette se divertindo com Chaplin?



    Bobeou.

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  4. putz.....bobiei legal....agora percebo...dava um filme pra ganhar cannes

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  5. não se fazem mais ontens como antigamente
    Antigamente
    a gente matávamos bentivi a soco

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  6. Olha, seu primo teve uma infância tipo Manoel de Barros!





    (trazendo o chat-uol pro seu blog.)

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  7. eu e ele a gente costumávamos matar
    bem ti vi a soco
    lá pelas bandas de araraquara

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