sábado, 1 de maio de 2010

Precisão poética

preciso pegar uma imagem e torcer em palavra.
até sair água suja.
até chover.
até fazer sol.
até fazer som.
até ontem.

depois, preciso relembrar o amanhã.
com uma navalha imaginária
tecer o corte de um sorriso
nos olhos fechados do leitor.

até sair sombra.
até sair samba.
até entrar sonho.
até nunca menos.

finalmente, preciso
imprecisar as não-coisas
com poesia, vírgula: dois pontos
e sonhar concretamente
sonhos feitos de
nada (............. ).

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