Euclides só dizia a verdade.
Nunca contou uma mentira, na vida.
Quando chegou o seu dia de filmar sua propaganda eleitoral,
afinal, estava se candidatando a vereador, Euclides desconsiderou
o texto, com o slogan: "vamos mudar!":
ao ouvir o "ação" do diretor, que estava sentado numa desconfortável cadeira de madeira comida pelos cupins daquele estúdio no Rio Comprido, Euclides parou um segundo, tirou os óculos, e olhou sério para a câmera:
"Olá, me chamo Euclides Almeida, vote em mim, preciso do seu dinheiro, não vou fazer nada por você, nem pela cidade, só quero mesmo ser eleito, para poder contruir a lage lá de casa e fazer o puxado para o Gumercindo, meu neto. O filho da mãe do meu genro pegou 2 anos agora, é essa juventude né? O que eu posso fazer? Peço o seu voto, de coração. Euclides Almeida, 999223312."
Silêncio no set.
"ok..., ok..., agora, Euclides, pode repetir só que falando no final 'vamos mudar'?"
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