sexta-feira, 17 de setembro de 2010

desverde

os prédios daqui de cima
cimentam a minha poesia
do cinza mais puro
da mais pura alquimia
em fazer ver de ouvir
em fazer ouvir de ler
algo que só pássaro
ou outro qualquer ser
que não este humano
demasiado humano
pode transcender com palavra
e assumir os vôos sem asa
de um pássaro imaginário
num céu imaginário
que é todo o meu real
e nada

Um comentário:

  1. estou descrente da poesia.
    não sei mais desentender, quanto menos entender (esse eu nem mesmo tentei).
    não sei pra que ela não-serve, nem lhe acho serventia pra fazer nada.

    desisti de escrever, bicho.

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