quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ácidor

e derepente veio a vontade de voltar
de não voltar jamais ao que se era
de revolucionar uma era de pescar a sereia
de matar a hera
e de repente a vontade do repente do recital
que não é mero recite mas insiste insight resiste
um site um blog que vive dentro da juventude

e de repentes a gente constrói um clube uma turma
o mais importante disso tudo
um público
acima da poesia
mais do que o ópio do dia-a-dia
uma coisa livre por ser junta
agente secretos a gente funda
a nova religião pagante grátis

a gente que não tem tribo
que é de tudo e de nada
feito um fenômeno químico, natureza, jogada
futebol que não entendo
a gente deveria fazer uma banda
um bloco de carnaval
uma fantasia nova

vamos fazer: está marcado no jornal

vamos recriar os sentidos
misturando o amor e a estupidez
numa festa

antes da poesia vem a gente

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