eu não quero ser um rolo compressor,
um império,
destruindo e subjulgando as línguas com meu poder
e minha força bélica,
e arrancando raízes e devastando terras.
eu não quero elevar muros em fronteiras, aplicar multas em
dias quentes,
obrigar o Sol de levantar-se daquele lado do horizonte.
também não quero eu ensinar o padre a rezar a missa,
catequizar o índio, prender o passarinho na gaiola,
jogar fora a vitrola.
mas principalmente:
eu não quero o óbvio, a fila de espera em linha reta,
a fala certa, a seta e a meta, o desrespeito ao Totem brasileiro,
a proibição do dizer verdeiro, a sala de espera, a sala de espera,
a espera.
o rolo compressor ainda está ali, no meio da rua, olhando com sorriso,
comendo asfalto, gritando palavras de ordem.
o rolo compressor ainda lembra do dia em que foi para escola,
da cola, do osso.
o rolo compressor não é o sistema,
não cai, não diz o que vale a pena, não pensa, não sai.
o tolo compressor,
o tolo com pressa.
É, me fez pensar. Até que ponto sou um rolo comprensor? Bem, espero que não esteja sendo...
ResponderExcluirUm grande abraço,
http://inspiracoesmatinais.blogspot.com
Senti-me esthremamente honrada com sua visita,
ResponderExcluirpoetastes como um Dionísio
diferente, criativo,
bjs,
Olá,
ResponderExcluirSuas palavras retratam exatam a realidade vivenciada no ontem , no hoje e infelizmente será amanhã se não nos unirmos e libertarmos nossas crianças desse rolo compressor.
Parabéns, fui relembrada de tudo pelo que luto.
Katia Cristina
Quero agradecer a sua visita...
ResponderExcluirtens um excelente blog, e adorei o texto...
faço minhas as palavras do amigo acima (inspirações)...até que ponto eu sou um rolo compressor ?...
bjus
sempre vou visitá-lo...