enquanto cago, escrevo poesia num caderninho
ou melhor: enquanto cago poesia, escrevo com o barro
no azulejo submerso uma mensagem submarina em código
Morte
putrefato
artefato
artesanato do barro mais meu
do barro que também é de Deus
enquanto cago
me torno um Criador.
Algumas palavras teimam em nos deixar afônicos
ResponderExcluirCagão*
ResponderExcluirUm riso *frouxo*
Adorei sua coprosa, sua copropoética! Eu também pratico o esporte e, como você, constato a mesma dimensão cocósmica dos excrementos. Li recentemente o delicioso livro de Patrícia Mello, entitulado "Jonas, o copromanta". Recomendo que o leia, sentado no vaso e com seu caderninho. Você vai entender o motivo. O personagem defende ter criado a dejetosofia, mas assim como ele, também reivindico a autoria de um processo que se baseia na observação da geometria dos dejetos com fins divinatórios. Gosto quando surgem decágonos, mais pela rima que pela interpretação! Enfim, parabéns pelo blog e pelo poema!
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