Façamos um balanço de nossas vidas:
O que ficou para trás era amor?
O que ficou para trás era poesia?
Façamos um balanço do parquinho.
O movimento pendular descobre a gravidade
e as maçãs, as lâmpadas, e o dever de casa, caem.
Neve em pleno Rio de Janeiro
é quase como se as palavras congelassem.
No horizonte oscilante a vida balança
é quase como se embalada numa dança
as palavras para descrever o mundo
trocassem de par.
Façamos o balanço de nossas vidas:
Até agora, que sonho adormecer?
Por ser agora, que sonho era realmente seu?
Nem caibo mais nesse balanço
O parquinho diminuiu, diminuiu...
Quase não consigo enxergá-lo
hoje ele balança
o brilho dos meus olhos.
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