quinta-feira, 26 de março de 2009

Tico e Zino - diálogos - capítulo 1

- Quero te dizer uma coisa, Zino.
- O quê, Tico?
- Escrevi uma poesia.
- Como?
- Escrevi uma poesia.
- E desde quando você deu pra escrever poesia?
- Não sei, simplesmente tive vontade.
- Vontade...Deixa de besteira e me ajuda a amarrar o braço desse merda!
- Zino
- Que que foi!
- Zino, não quero mais fazer isso não.
- Puta que pariu! Cala essa boca e me passa a silver tape!
- Zino, eu quero ser poeta. Acho que descobri o meu verdadeiro dom.
- Tico, o teu 'verdadeiro dom' vai ser a porrada que eu vou te dar com isso aqui! Agora pega a faca pra mim!
- Eu to cansado disso.
- E eu to cansado das merdas que tu fala! Você tá nessa porque é o melhor, quer dizer, o segundo melhor. A gente é A Dupla não é à toa não! Mas eu to começando a me arrepender de ter ouvido o Chefe. Ele bem que tinha falado que tu não batia bem da cabeça.
- Eu sou louco.
- Puta merda...
- Eu sou realmente louco. Porque a poesia é a arte da não-razão. A arte da loucura.
- Caralho...

Sirenes e latidos ferozes. Carros derrapando. Armas sendo carregadas. Estrondo na porta do galpão:

- Polícia!!!

Tiros...


(continua no próximo capítulo)

4 comentários:

  1. Legal, história de poetas assassinos.
    Sempre achei que os poetas tinham essa tendência destruticonstrutivista.

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  2. ah, um poema-policial! isso é inédito rsrs
    vou acompanhar =)

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  3. Oii
    Mal incomodar, mas ja incomodando ne ? rsrs
    To divulgando meu blog
    Pode dar uma passadinha la ?
    ' Os pensamentos voam
    Fiz uma historia a algum tempo atras real, com a primeira parte, agora fiz a segunda, essa falando em como ele se sentia em relação a tudo..
    Pode dar um passadinha e dar opinião ?
    www.josikeller.blogspot.com
    Valeu..
    Espero saber k tu foi la ok ?
    Beijaoo

    .

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