Ela que dava banho na gente
quando a gente era bem pequeno
ela que tirava piolho da gente
quanto para a vida a gente estava nascendo
ela que tinha um carinho maternal
cuidava da gente como se fosse mãe
ela que passava vinagre na nossa cabeça
pra matar os piolhos, nas manhãs
Altaíza, seu nome brilha num eco pelo pátio da memória
Altaíza, altiva e humilde luz que traz o som do coração
da batida de coração, em um coração de mãe, coração de criança, coração de mãe, coração, dança
ela que preparava o penico para o exame de fezes
ela que dava bronca na gente, às vezes
porque a gente às vezes era levado
fazia coisas mal-criadas
se você coubesse numa canção, Altaíza
ela seria do tamanho exato do coração
se você soubesse o quanto de fato, ameniza
lembrar das tuas mãos catando os piolhos, do coração
limpando o nosso coração dos piolhos do mundo
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