quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Recital: Deserto Fim

Hoje senti algo bonito.

Pude assistir num recital de compositores da escola de música da UFRJ, uma peça de Rafael Sperling, meu camarada, com a minha poesia.

A surpresa foi a voz da soprano Lina Mendes. Impressionante essa voz. Que interpretação.
Fiquei impressionado com a força que a música ganhou.

Foi muito bonito ver aquilo que participei fazendo, aquela sementinha, aquelas imagens que tentava colocar no papel, pude ver as imagens ao vivo, na minha frente, no ar. Pude ouvir as imagens.

A música tem um que de árabe, de oriente médio, um clima, uma atmosfera. Tentei buscar uma história de deserto, de um amor, de cigana lendo o futuro, trabalhar essas imagens ao mesmo tempo áridas e misteriosas.

Provavelmente a música foi outra para mim. Ouvi diferente. Pra mim a música foi outra ali.
Tinha outro sentido, uma coisa de revelação. Revelar coisas que nem eu mesmo sabia. Acho que é isso que me move nesse sentido. Por isso, também, sou apaixonado pela poesia na música, por essa modalidade completamente diferente de poesia para música. Letra de música.

A sensação de ver aquilo, com muito mais riqueza, aquelas imagensonoras, foi quase um filme. Foi audiovisual também. Pra mim a música é cinema e cinema é música.

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