sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Poema para Apixapong Uasetacul

sei que seu nome não se escreve assim
mas mesmo assim escreverei-o aqui
seu nome indica a sua obra
teu nome impronunciável pronuncia algo sobre a sua obra

cada plano de fundo se con-fundo com o plano de fuga
cada fuga da realidade se esconde na pura visualidade do plano
como se cada tecla de um piano se escondesse na tecla vizinha
como se cada linha se distorcesse e se encontrasse no infinito da própria reta
no mesmo plano

sindromes de um século
somos do mesmo planeta? planeta vida.
as vidas de um século, mozart, já tinha falado de mozart, está lá na vida
como disseste na entrevista
o olhar como novo estatuto da imaginação

o novo do teu cinema é realmente novo porque é realmente vivo

uma tailândia de mágica, um cinema de mágica
uma tão grande mágica do tempo e do espaço
uma tailândia de imensidão verde e de concreto plástico
um tailândia que é brasil e estadosunidos
porque não é a tailândia

teu cinema é um cinema de aprendiz de feiticeiro, aprendiz de monge, olhar a vida,
contemplação, ao mesmo tempo mensagem, enigma,

enigma, inimigo da preguiça do espectador cansado, teu cinema revigora nosso olhar,
Oh!

repecurtiste em mim como sua trilha sonora em seu filme, repercutindo na imagem para além da imagem,

pois além da imagem existe outra imagem, dentro da gente, e para além dela, só o vazio,

meditação

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