penso no silêncio que deixaste para contemplar
tenso no momento que deixaste de contemplar
penso na contemplação do teu pensar-silêncio
tento imaginar-te lutando palavras, gozando o tempo
fígado ferido que enferruja o signo
ligado feito feto tirando o sono do choro
tento imaginar-te finjindo o humor maligno
finjo tua memória do tumor do destino
sinto como quem bebe da mesma cerveja de mal-te
tinto, tonto, titubeio as sílabas do perdigoto vadio
mijo, cago, o gozo da linguagem no próprio exprimí-lo
paulo, leminski, te aprendo textualmente vivo
belo jogo de palavras...
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