terça-feira, 9 de setembro de 2008

Cidadão do Mundo

O mundo de primeira vista parece que é grande.

Talvez seja. Mas, tudo de perto fica mais parecido. O mundo cabe na palma da visão.
"Estrangeiro eu não vou ser"

Amigos viajam para terras outras. Londres, Barcelona, Santiago e até Letônia.
Como será a Letônia?
O fascínio adolescente de viajar o mundo tem sua razão. Precisa-se conhecer outras culturas. Outros lugares, outras pessoas. Para se conhecer melhor como único e universal.

Meu amigo André está em Londres. Vivendo o english dream, o english way of life.

"Pertenço a um gênero de portugueses
Que depois da Índia descoberta
Ficaram sem trabalho. A morte é certa.
Tenho pensado nisto muitas vezes."
Pessoa

Pertenço a um gênero de brasileiros
que depois do mercado descoberto
ficaram atordoados. A morte não existe.
Tenho pensado nisso um pouco.

Pertenço a um gênero de brasileiros
que nasceram na Holanda em 1988 e
depois de chegarem ao Brasil não são
mais de uma pátria só.

Pertenço a um gênero de brasileiros
que depois que o Brasil foi descoberto
ficaram sem emprego, a morte é incerta
Tenho pensado nisso, de vez em quando.

Pertenço a um gênero de Holandeses
que depois que descobriram o Brasil
ficaram por lá, a vida é certa
Nunca pensei nisso antes.

Aprender novas linguagens, conhecer novas pessoas, estar-no-mundo-como-dizia-drummond,

ser cidadão do mundo
antes que o mundo seja descoberto

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