segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poesia vinda de Crosby, Still, Nash e Young

andando pelas estradas do caminho errado
uma manhã a gente acorda e já sabe,
que uma nova estrada está no nosso pé
um novo horizonte vem cavalgando em nossas pálpebras

o Sol chama para o desafio de te ver de novo
o Sonho de chama esquenta na nuca, a sua vida em jogo,
nada a perder a não ser o medo,
cantando o blues pelas estradas solto a voz pelo nada
carregando o peso dos medos, os medos dos erros
poeira, poeira, poeira

areia do deserto nos olhos,
queimando a vista, a prazo, cheque sem fundo do baú,
no fundo dos olhos um perfume de futuro,
no fundo do silêncio um vadio vagabundo
pede esmolas de vida, pedaços do amanhã
quem tem medo de escuro não aceita o futuro

a felicidade de correr pela estrada com um copo de tequila
jogar o tequila como um ritual abençoando a estrada
cantar a felicidade da cidade da cidade da estrada errada
cadilac ao vento, cai de lado o tempo, corre o vento na cara

o Sol já passou pelo retrovisor
visão retrógada do futuro promissor
quem sabe o futuro está naquele pneu furado
em cima da carcaça de bois secos
minha garganta pede por sede
a miragem da verdade é a margem da saudade de casa
casa longe, já não tem casa

o rádio toca aquela canção
que nos perdemos dentro dela
que nos procuramos em outras eras
meditação transcendental, não faz mal ser feito de vento

bom dia poeira, toda poeira é feita de medo da viagem
viagem que não leva, só traz
viagem sem volta para a terra do nunca mais

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